A Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Tecnologia da Informação e Comunicação (ABEP) realiza, desta quarta (11) até a próxima sexta-feira (13), no Centro de Convenções de Vitória, a 41º edição do Seminário Nacional de TIC para a Gestão Pública (Secop 2013). A abertura do evento será feita pelo antropólogo Roberto DaMatta, que vai falar sobre tecnologia, sociedade e rituais - o vivido e o esquecido.

A Procuradoria-Geral do Estado (PGE) também marcará presença nos debates, com a palestra do seu gerente de informática, Ariel Leite Siqueira, que vai falar sobre a experiência de virtualização de processos da instituição. “Vou mostrar às pessoas como a virtualização dos processos beneficiou o fluxo de trabalho na PGE, proporcionando um aumento na produtividade e, também, um gerenciamento mais eficaz das tarefas”, explicou Ariel.

Em sua palestra, Ariel pretende falar sobre todo o processo por que passou a PGE, desde 1996, quando deu início à informatização do órgão. “De lá para cá, passamos por muitas dificuldades e aprendemos com todas elas, o que nos serviu de preparação para chegarmos onde estamos hoje”, disse Ariel, lembrando que o marco regulatório só veio com a lei 11.419/2006. “Antes dessa legislação, nenhum processo eletrônico tinha validade jurídica”.

O gerente de informática conta que foi em 2008, com a implantação de um sistema para virtualização de processos em toda a PGE, que os trabalhos do órgão começaram a mudar de forma mais substancial. O novo software substituiu os processos em papel e permitiu um melhor e maior controle e distribuição das atividades para todos os procuradores e servidores da Procuradoria. “Nosso sistema permitiu ainda uma integração com o sistema da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), diminuindo em 62% o tempo de ajuizamento para cobranças de Certidões de Dívida Ativa (CDAs)”, afirmou Ariel.

Com toda essa tecnologia implantada e sendo utilizada a favor do Estado, a expectativa da Gerência de Informática da PGE, agora, é de que o Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) desenvolva as interfaces necessárias para integração de seu novo sistema, o e-JUD2, com a PGE para que todos os processos – além dos de execução fiscal – possam também ser tramitados de forma virtual. “A PGE já está pronta para isso”, concluiu Ariel.

Segundo dados da Gerência de Informática da PGE, atualmente o órgão, juntamente com as PGEs de Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Pernambuco, está entre as Procuradorias mais avançadas no que diz respeito à virtualização e controle de processos.